GALERIA NP

HÁ 33 ANOS NO NOTÍCIAS POPULARES

Neste mês de agosto, a saga de Pelezão, o indigente 'violentado' pela psicóloga, completa 33 anos. Abaixo, graças ao Arquivo Público do Estado, uma sequência de reproduções do jornal que dá nome a este blog, nos dias em que a história de Pelezão teve início. As manchetes são assinadas pelo criador deste blog, e os créditos nas fotos servem para dirimir algumas dúvidas levantadas por gente mal intencionada.








































































Chico Pé de Pato: uma reportagem de gaveta

EM PRISCAS LAUDAS, A HISTÓRIA
DE UM DOS PRIMEIROS JUSTICEIROS
DA CIDADE DE SÃO PAULO 

Em meados da década de 1980, o autor deste blog era repórter de polícia do famigerado Notícias Populares, como o leitor já está careca de saber. Entrevistei Chico Pé de Pato, ou Francisco Vital da Silva numa madrugada, em seu 'quartel-general' na zona leste de São Paulo, onde ele reinava como um dos primeros justiceiros da capital.
Juntamente com o repórter-fotográfico José Maria da Silva, ele foi conduzido ao local - acreditem -  numa 'barca' da Polícia Militar. 'Barca', era o nome que os repórteres davam às viaturas da polícia naquela época - em geral uma perua Veraneio, da Chevrolet. E por que numa viatura da polícia? Por que a dita cuja é quem fornecia as vítimas para o 'justiceiro'.

Mulher e filha estupradas - Nas laudas abaixo - os estudantes de Jornalismo terão a oportunidade de saber o que era uma lauda - está faltando a retranca 2, ou o primeiro intertítulo da matéria. E era justamente nela que estava o porquê Chico se tornara 'justiceiro'.
Sua mulher e sua filha haviam sido estupradas por delinquentes do bairro. Chico foi atrás dos estupradores e deu fim à vida deles. Como, segundo a polícia, eram 'marginais', livraram a cara de Chico. No entanto, ele ficou refém dos 'home' e teve de se transformar em 'justiceiro'. Os caras da polícia forneciam as fichas e ele matava.

Matou um tira e se danou - A reportagem sobre Chico ficou na gaveta. A idéia era engordar a lista de justiçamentos de Pé de Pato, para mostrá-lo como um verdadeiro herói da Zona Leste, ou mais propriamente da região do Itaim Paulista. No entanto, nesse meio tempo, Chico matou, por engano, um policial militar. A casa caiu. Teve que puxar o carro. A polícia que antes fornecia as indições de quem seria justiçado, agora queria liquidá-lo.
Temendo por sua vida, Chico entrou em contato com a equipe do Afnazio Jazadji, que tinha um programa na Rádio Capital. Foi armado um esquema, com a presença de advogado e tudo, para ele se entregar na sede da rádio, na avenida Nove de Julho.

Morreu com 51 estocadas - A matéria foi passada para outro repórter do NP, o Júlio Saraiva. A reportagem deste blogueiro ficou na gaveta. Só a lauda 2 - que contava as razões de ter virado justriceiro - foi aproveitada
Chico entregou-se. Passado algum tempo a mídia esqueceu-se dele. Ele foi jogado no meio de um monte de malacos na Cadeia de Franco da Rocha. Acabou executado com 51 estocadas.
Clique nas laudas para ampliá-las. As laudas abaixo são uma amostra de como funcionava uma redação de jornal num tempo em que não havia toda essa magnifica tecnologia de hoje. Tinha de se escrever em papel, rebater quando errava e colar com goma arábica as retrancas ou emendas.
A máquina de escrever do autor deste blog era uma Roayal. Uma Royal, como se dizia, mil novecentos e bolinha...












NP NA MÍDIA / COMÉRCIO DO JAHU

“O primeiro cadáver a gente nunca esquece”
Ricardo Recchia

Lançado em outubro de 1963, o jornal Notícias Populares revolucionou o jornalismo brasileiro com assuntos polêmicos – especialmente violência urbana – textos curtos, uso de gírias e fotos grandes. Apesar de por décadas ser o veículo de comunicação impresso mais popular do Brasil, o NP, como era chamado pelos leitores, também atraiu muitos desafetos no meio jornalístico, que acusavam o jornal de exagerar nos noticiários e até inventar as notícias. O jornalista Antonio Marcos Soldera, 52 anos, natural de Boituva (SP), foi repórter de polícia durante seis anos no Notícias Populares (1984 a 1989). Ele assinou diversas vezes a coluna Histórias da Boca, uma das mais lidas do jornal, e produziu matérias que entraram para o imaginário popular, como as do caso Pelezão que, para a publicação, era o ídolo das madames paulistanas. Depois de sua passagem pelo NP, Soldera trabalhou em diversas outras publicações e durante muitos anos atuou como assessor de imprensa. Mas foi a experiência no jornalismo popular que marcou sua carreira. Tanto é que, apostando no futuro do webjornalismo popular, Soldera lançou um blog (www.noticiaspopulares. blog.br) para “exercer papel semelhante ao que o Notícias Populares exercia na mídia impressa”.

(Transcrito da versão online do jornal COMÉRCIO DE JAHU. Clique no nome do jornal e veja a matéria na íntegra)

Edição impressa

NOTÍCIAS POPULARES NA MÍDIA

DE BLOG PARA BLOG
Nossa última proeza em termos de mídia é um post generoso (http://bit.ly/d502bC) que está desde o último domingo como destaque no blog Violão, Sardinha e Pão,  do 'jornalista, pesquisador e palmeirense' Matheus Trunk.
Trata-se de uma longa entrevista com este que vos escreve, publicada na íntegra. Visite e leia - se não for por nossa entrevista, vale pelo Violão, Sardinha e Pão, que é muito bem feito, embora seja definido pelo autor como 'um blog paulista, nelsista e politicamente incorreto'.
O único defeito do blog, na minha opinião, está no seu autor, que é palmeirense de carteirinha. Aliás depois da última derrota do Porcão, 3 a 1 para o Santo André, disparamos um twitter com a revelação de uma vidente macabra: há uma cabeça de LuxemBURRO enterrada no Parque Antártica...

BLOG REVIVE NOTÍCIAS POPULARES NA WEB

JORNAL DOS JORNALISTAS PUBLICA
ENTREVISTA COM O CRIADOR DESTE BLOG
Clique na imagem e leia entrevista com Antonio Marcos Soldera sobre o blog Notícias Populares, para o Unidade, jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo.

Clique no link abaixo e veja NP em outras mídias:

http://www.youtube.com/watch?v=iXeXOxt9iYI